Evidências das Culturas Negras – Educação: Substantivo Abstrato
No dia 25 de julho de 2019, dia da mulher negra latino-americana e caribenha, o Museu do Amanhã realizará a 4ª edição do ano do Programa Evidências das Culturas Negras. O fio condutor dessa série será a lei federal 11645/2008, complementar à lei 10639/2003. Essas leis dizem respeito a inclusão no sistema educacional brasileiro das tradições afro-brasileiras e ameríndias à constituição da cultura brasileira. Em reconhecimento a isso, ampliamos as percepções das evidências das culturas negras para incluir também as temáticas indígenas. Nesse quarto encontro serão abordadas as questões relativas à educação, substantivo singular mas plural, portanto, múltiplo
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Todas e todos no mundo somos educados pela abundância e pela ausência, pela perenidade ou pela ruptura, de forma institucional ou não, através de políticas públicas ou ações pontuais, na infância, na juventude e na velhice. Para cada uma dessas possibilidades, vários processos e muitas variáveis a serem acompanhadas e respeitadas para que a aprendizagem ocorra. Essa pluralidade de oportunidades atende pelo nome de educação, ou seja, o plural pelo singular, o concreto em sua melhor definição: crescer em conjunto. Os processos pedagógicos ditos periféricos continuam vivos e extremamente pulsantes. A cada dia ressurgem processos ancestrais como alternativas educativas dentro e fora da educação formal institucional. Como os processos de aprendizagem nas culturas indígenas e negras brasileiras vêm colaborando para a formação ao longo das gerações?
Convidada
Kaká Portilho Negra Mulher pesquisadora do Matriarcado Afreekana Internacional e ativistas das pedagogias e metodologias matriarcais que nascem da experiências das mães negras. Faz parte da gestão do Instituto Hoju e acredita na emancipação do povo afro-pindoramico. Mestre em Relações Étnico-raciais e doutoranda do curso de antropologia social do Institute of African Studies da Universidade of Ibadan
Aza Njeri é doutora em literaturas africanas e pós-doutoranda em filosofia africana. Professora, coordenadora do Negrar e do Núcleo de filosofia politica africana do laboratório geru maa ambos da UFRJ. Crítica teatral e literária, poeta, mulherista e mãe.