Cais do Valongo é patrimônio mundial | Museu do Amanhã

O Rio recebeu 2,4 milhões de pessoas escravizadas: uma história enterrada

Especial
Escravos jogam capoeira, em ilustração do século XIX feita por Laurent Deroy / Foto: Fundação Biblioteca Nacional

“Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera de vida, trazemos quase todos a marca da influência negra”, diz o sociólogo, historiador e ensaísta brasileiro Gilberto Freyre (1900-1987) num trechos de seu livro "Casa Grande e Senzala".

Apesar de nossas profundas raízes com a cultura africana, o flagelo do desembarque de 2,4 milhões de africanos escravizados no Rio, durante quatro séculos, foi varrido para debaixo do tapete por muito tempo. A redescoberta do local exato do Cais do Valongo, na Saúde, por onde entraram pelo menos 500 mil escravos entre 1811 e 1831, representou um necessário reencontro com nosso passado.

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O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão - IDG. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo. Exemplo bem-sucedido de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, o Museu conta com o Banco Santander como patrocinador master, a Shell Brasil, ArcelorMittal, Grupo CCR e Instituto Cultural Vale como mantenedores e uma ampla rede de patrocinadores que inclui Engie, IBM e Volvo. Tendo a Globo como parceiro estratégico e Copatrocínio da B3, Droga Raia e White Martins, conta ainda com apoio de Bloomberg, EMS, Renner, TechnipFMC e Valgroup. Além da Accenture, DataPrev e Granado apoiando em projetos especiais, contamos com os parceiros de mídia SulAmérica Paradiso, Rádio Mix e Revista Piauí.