Sustentabilidade, pilar do Museu | Museu do Amanhã

Sustentabilidade, pilar do Museu

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A água da Baía de Guanabara alimenta os espelhos d'água do Museu / Foto: Cesar Barreto

As orientações de sustentabilidade pautam o Museu do Amanhã. Entre as ações de arquitetura estão a utilização de água da Baía de Guanabara no sistema de ar-condicionado e a captação de energia solar através de painéis fotovoltaicos instalados na cobertura do edifício.

O museu vem cumprindo as etapas necessárias para obter a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design, Liderança em Energia e Projeto Ambiental), referência mundial de certificação para práticas sustentáveis. “Difundir as práticas da construção verde, baseada em critérios de sustentabilidade ambiental, econômica e social, é uma das preocupações da atuação da Fundação Roberto Marinho na área de Patrimônio”, explica a gerente geral de Patrimônio e Cultura da Fundação, Lucia Basto.

O projeto de sustentabilidade contou com a consultoria da empresa Casa do Futuro. O aproveitamento das águas da Baía de Guanabara no sistema de climatização é um exemplo do uso racional de recursos naturais no Museu do Amanhã. Seis bombas instaladas no subsolo do prédio puxam as águas frias do fundo da Baía para que elas sejam utilizadas na troca de calor com o sistema de refrigeração, o que reduz o consumo de energia e dispensa o uso de equipamentos e de água potável em torres de resfriamento.

Na refrigeração, são utilizados trocadores de calor entre a água do mar e a água de condensação que circula pelos chillers. Eles são responsáveis pela geração da água gelada a ser utilizada no sistema de condicionamento de ar do prédio. Depois de utilizada no sistema de climatização, a água é devolvida mais limpa à Baía, em forma de cascata nos fundos do prédio, em um gesto simbólico.

A água da Baía também é utilizada de outra forma: para abastecer os espelhos d’água. Esses espelhos não têm apenas função estética, eles contribuem para reduzir em até 2 graus a temperatura ambiente. Estima-se que, com a captação da água da Baía, sejam economizados 9,6 milhões de litros de água por ano.

Outro recurso natural do qual o museu tira proveito é a luz solar. A cobertura do edifício, na qual foram instalados painéis solares, se movimenta de acordo com a trajetória do Sol ao longo do dia, o que potencializa a captação de energia. São 48 conjuntos de asas móveis instaladas na cobertura metálica. O sistema será capaz de suprir até 9% do consumo energético do edifício. Como o projeto persegue a eficiência energética, sistemas de climatização e iluminação de baixo consumo, além de bombas e motores de alta eficiência, possibilitarão também uma economia de até 50%, em comparação com edificações convencionais.

A racionalização do consumo de água do Museu se dá em várias ações. Calhas captam a água das chuvas, que é armazenada na estação de tratamento de água de reuso. No reservatório de reuso também é armazenada a água proveniente de lavatórios, chuveiros e do sistema de ar-condicionado, depois de tratada. Esse volume é reutilizado nas descargas dos banheiros, na irrigação dos jardins e na lavagem do chão, reduzindo o consumo de água potável. A redução é ainda maior com a escolha de louças e metais de alta eficiência. Além disso, pisos permeáveis de cores claras contribuem para a redução do efeito das ilhas de calor.

Da mesma forma, a seleção de materiais foi realizada a partir de critérios ambientais, com preferência a materiais com componentes reciclados, baixa toxidade, alta durabilidade e produzidos próximos ao local da obra e uso de madeira certificada FSC. As ações de sustentabilidade se estenderam também aos procedimentos no canteiro de obras - as rodas dos caminhões, por exemplo, eram lavadas com água de reuso para evitar que arrastassem sujeira para as ruas. Também foram adotadas medidas de controle de poluição e erosão de sedimentos para a Baía de Guanabara.

Compensação de carbono

As emissões de carbono resultantes do funcionamento do museu serão compensadas, em iniciativa levada à frente pelo Santander, patrocinador máster do museu. O banco vai estimular ainda que o público conheça mais sobre compensação de carbono, por meio da plataforma “Reduza e Compense CO2”, que permite calcular as emissões de cada pessoa e comprar crédito de carbono de um dos projetos selecionados pelo programa. 

O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão - IDG. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo. Exemplo bem-sucedido de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, o Museu conta com o Banco Santander como patrocinador master, a Shell Brasil, ArcelorMittal, Grupo CCR e Instituto Cultural Vale como mantenedores e uma ampla rede de patrocinadores que inclui Engie, IBM e Volvo. Tendo a Globo como parceiro estratégico e Copatrocínio da B3, Droga Raia e White Martins, conta ainda com apoio de Bloomberg, EMS, Renner, TechnipFMC e Valgroup. Além da Accenture, DataPrev e Granado apoiando em projetos especiais, contamos com os parceiros de mídia SulAmérica Paradiso, Rádio Mix e Revista Piauí.