Evidências das Culturas Negras – As leis 10639 e 11645 e sua importância para as tradições afro-brasileiras e indígenas
No dia 30 de abril de 2019 o Museu do Amanhã realizará a 1ª edição do ano do Programa Evidências das Culturas Negras. O fio condutor dessa série será a lei federal 11645/2008, complementar à lei 10639/2003. Essas leis dizem respeito a inclusão no sistema educacional do país da contribuição das tradições afro-brasileiras e ameríndias à constituição da cultura brasileira. Em reconhecimento a isso, vamos ampliar o campo das evidências das culturas negras para incluir também as temáticas indígenas. Assim, esse primeiro encontro abordará a importância dessa legislação e as experiências e análises sobre sua aplicação e resultados
A ciência nos ajuda a explorar a formação das primeiras identidades sociais do Homo sapiens. Seja na África, seja nas Américas, muitos são os registros que demonstram a absoluta relevância da evolução do pensamento humano nesses territórios.
Ao longo da história, culturas e tradições têm sido construídas mas, para além do crivo do eurocentrismo colonizador, como estudaríamos e respeitaríamos as realizações desses grupos étnicos? As leis em questão tratam de aprimorar o olhar dos brasileiros sobre si mesmos. Convidamos profissionais e agentes políticos para o debate sobre a importância dessas leis, tendo em vista a estimativa de que cerca de 70% dos brasileiros são descendentes de povos africanos e ameríndios.
Palestrantes
Monica Lima - Professora de História da África e coordenadora do Laboratório de Estudos Africanos da UFRJ. Atua como docente e pesquisadora sobre ensino de história da África, da diáspora africana e dos africanos no Brasil em cursos de graduação e pós-graduação, e como consultora em diversos projetos educativos.
Alexandre do Nascimento - Professor de Estudos Afro-Brasileiros e Linguagem Digital da Faetec-RJ, Pós-Doutor em Educação no PPGEduc/UFRRJ, Doutorado em Serviço Social na ESS/UFRJ e Mestrado em Educação no PROPED/UERJ, Aperfeiçoamento em Gestão Escolar na FGV, Graduação em Informática no Centro Universitário UNIABEU e cursos complementares de Tecnologias de Informação.
Vanda Ferreira - Pedagoga, pós-graduada Lato-Sensu em História da África e do Negro no Brasil, no magistério desde 1967 com ênfase em Educação no Cárcere, teve sua formação política centrada no trabalhismo, e na luta contra a discriminação racial e injustiças sociais. No contexto político-educacional, cultural e de direitos humanos do Estado e de Municípios do Rio de Janeiro e de Niterói exerceu e ainda exerce papéis de altíssima relevância, como a consultoria e treinamento, com prestação de serviços à instituições públicas e privadas nas áreas de Responsabilidade Social, Ouvidoria e Direitos Humanos, com abordagem para as questões da equidade de gênero e raça no mundo do trabalho e assessoria na Secretaria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres, SPM-RIO.
We'e'na Tikuna - Seu nome significa “a onça que nada para o outro lado no rio”. Artista plástica, cantora e compositora indígena, nasceu na Terra Indígena Umariaçu, no Amazonas, Alto Rio Solimões, We’e’ena foi a primeira indígena Tikuna a ser nutricionista. É formada em artes plásticas e foi premiada em 2005, como a “melhor artista plástica indígena do Brasil”. Tem obras no acervo de exposição permanente do Museu Histórico de Manaus/AM. Palestrante sobre a cultura indígena e o meio ambiente, We'e'na é ativista da causa indígena.